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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Bebê com falência do fígado é curado com técnica pioneira


Médicos injetaram células no abdômen do menino, que atuaram como fígado temporário até que o órgão se recuperasse, evitando transplante.


Uma técnica pioneira conseguiu curar um menino britânico de oito meses cuja vida corria perigo por conta de uma grave doença que estava destruindo seu fígado.
Os médicos implantaram células de doadores que atuaram como um fígado temporário, permitindo que o órgão se recuperasse.
Iyaad Syed parece hoje um menino saudável, mas há seis meses ele estava próximo da morte. Um vírus havia atacado seu fígado, que começou a entrar em falência.Segundo os responsáveis pelo tratamento, do King's College Hospital, em Londres, essa foi a primeira vez que a técnica foi usada em todo o mundo.
Em vez de colocar o menino na lista de espera por um transplante, os médicos injetaram as células de um doador em seu abdômen.
Essas células processaram as toxinas e produziram proteínas vitais, atuando como um fígado temporário.
As células foram cobertas com uma substância química encontrada em algas para evitar que elas fossem atacadas pelo sistema imunológico do menino.
Após duas semanas, seu próprio fígado começou a se recuperar.
Um dos principais benefícios sobre um transplante é que Iyaad não precisará tomar remédios contra a rejeição do novo órgão, conhecidos como imunossupressores.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Luz infravermelha pode ser arma contra o câncer



Estudo mostra que Tratamento com anticorpo acionado por raio, ainda em testes, teria menos efeitos colaterais.

Um tratamento com luz infravermelha pode ser uma ferramenta promissora no combate ao câncer, segundo pesquisadores nos Estados Unidos.




O estudo, publicado na revista Nature Medicine, mostra como uma droga poderia ser acoplada a tumores, sendo ativada apenas quando atingida por raios infravermelhos.
O tratamento seria portanto mais preciso do que os atuais, sem danificar tecidos vizinhos.
Atualmente, os tratamentos contra câncer podem ser separados em três categorias: os que usam radiação, cirurgias para a retirada de tumores e o uso de drogas para matar células cancerígenas.
Todos eles apresentam efeitos colaterais negativos e pesquisadores seguem buscando terapias mais precisas.
Neste estudo, os cientistas do Instituto Nacional do Câncer de Maryland, nos EUA, usaram anticorpos que tinham como alvo proteínas nas superfícies de células cancerígenas.
Eles então acoplaram a substância química IR700 ao anticorpo. A IR700 é ativada quando atingida por luz infravermelha, que pode penetrar vários centímetros na pele.
Para testar a combinação, os cientistas implantaram tumores nas costas de camundongos. Eles receberam a droga e foram expostos a raios infravermelhos.
"O volume do tumor foi reduzido significativamente... em comparação com os camundongos não tratados e a sobrevivência foi prolongada", dizem os cientistas. "O ataque seletivo minimiza o prejuízo para as células normais."
Os autores dizem que a combinação se revelou "uma terapia promissora" para o tratamento do câncer.